O bicho-da-seda não morreu, a borboleta é que morrerá, depois de desovar, Já o sabia eu antes que tu tivesses nascido, disse o espírito que paira sobre as águas do aquário, o bicho-da-seda não morreu, dentro do casulo não ficou nenhum cadáver depois de a borboleta ter saído, tu o disseste, um nasceu da morte do outro, Chama-se metamorfose, toda a gente sabe de que se trata, disse condescendente o aprendiz de filósofo, Aí está uma palavra que soa bem, cheia de promessas e certezas, dizes metamorfose e segues adiante, parece que não vês que as palavras são rótulos que se apegam às cousas, não são as cousas, nunca saberás como são as cousas, nem sequer que nomes são na realidade os seus, porque os nomes que lhes deste não são mais do que isso, os nomes que lhes deste (...).
[José Saramago, em As Intermitências da Morte, p. 76]
O Cinema está frenético? Um estudo científico sobre uma hipótese
perturbadora
-
Uma vez, voltando de um evento científico, comentei não lembro se com o
Átila ou o Carlos Hotta que deveriam passar Cosmos, de Carl Sagan, na TV.
Respond...
Há 2 meses
Nenhum comentário:
Postar um comentário