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7.7.10

Dilma e o sequestro do embaixador

Presidente Lula, o presidente dos Estados Unidos, 
Barack Obama, e a ministra-chefe da Casa Civil, 
Dilma Rousseff, cumprimentam-se durante encontro na 
Casa Branca (14 de março de 2009).

Sou Dilma, não por convicção, mas por falta de opção. O fato é que recebi um email bastante preocupante. Segundo o email, Dilma estaria impedida de entrar em 11 países por ter participado do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, em 1969 - entre eles o próprio EUA. Seque parte do email:

(...) No caso da srª Dilmente ser eleita Presidente do Brasil, quem será a pessoa que irá aos Estados Unidos para a fala habitual na Assembléia Geral da ONU, ou para discutir com o presidente americano sobre questões de comércio, por exemplo?

A Presidente não irá, com 100% de certeza.

(...)

Aqui vai a explicação:

Dilma Roussef foi condenada nos Estados Unidos pelo seqüestro do embaixador norte-americano, na década de 60, juntamente com outras pessoas (por exemplo: Fernando Gabeira).
A pena é bem grande e não há como pensar em liberdade condicional.
A questão secundária é que isto vale para outros 11 países.
Muitos governantes de países periféricos já foram apanhados nesta armadilha e a maioria perdeu o cargo que ocupava, para satisfação da oposição local.

(...)

Como já caí em muita pegadinha do malandro nessa internet, não sou bobo de acreditar em qualquer email que me mandam, mas o fato é que esse email é bem plausível. Como nos ensina o pai Wikipedia , a Dilma de fato era guerrilheira durante a ditadura militar e foi presa e torturada.

Não encontrei muita coisa sobre o caso, mas algumas coisas já pude perceber:

Primeiro, a Dilma estava em Nova York, em maio desse ano, como mostra essa notícia. Então essa história da Dilma não poder pisar nos EUA aparentemente não é bem verdade. Ela já pisou.

Segundo, tudo me leva a crer (e essa notícia é bem didática) que um "crime" desses não é BEM um crime. Era ditadura, meu povo. De um lado estão Dilma e Gabeira sequestrando um embaixador, e do outro está a direita-esperta-malandra desse país apoiando os militares, estes sim matando, torturando, oprimindo. Não sou maquiavélico e não acho que os fins justificam os meios. Mas vamos combinar que o buraco é muito mais embaixo.

Citando parte da notícia da Folha:

(...)

Gabeira afirma que sua imagem ficou muito ligada ao seqüestro, do qual se arrepende de ter participado. "Aquela ação e todo o processo de luta armada minou a possibilidade de uma resistência pacífica", diz.

Cid Benjamin, o estudante que dirigiu um dos veículos usados no seqüestro, concorda. Ele diz que tentar derrubar a ditadura pela luta armada foi um erro porque a população não estava mobilizada. "Sem apoio popular, a luta armada nos levou ao isolamento e facilitou nossa derrota. Mas nosso método era legítimo porque a ditadura prendia, torturava e matava."

Ao contrário de Gabeira, Benjamin não se arrepende do episódio. "Não me arrependo do seqüestro. Nosso objetivo era libertar os presos e conseguimos. Se exigíssemos a liberdade de 150 pessoas, os militares teriam atendido nosso pedido."

"É preciso considerar a conjuntura do período", diz João Lopes Salgado, que estava no outro veículo que participou do seqüestro. "O governo estava em crise porque o presidente Costa e Silva sofreu um derrame, e o vice, que era civil, não pôde assumir."

Ele diz que a ação, inédita, causou surpresa internacional. "Eu me sinto privilegiado por ter participado daquele seqüestro."

Para Paulo de Tarso --um dos quatro seqüestradores que tomaram o carro em que estava o embaixador--, a militância estudantil ficou de mãos atadas depois do AI-5. "Foi a própria ditadura que jogou os jovens nos braços da luta armada", diz. "Não havia outra alternativa para quem se engajou, mas eu sei que é difícil para as pessoas entenderem esse quadro hoje."

O ministro de Comunicação Social, Franklin Martins, diz que com a experiência de hoje não teria partido para a luta armada depois do AI-5. "Mas não me arrependo de ter pegado em armas ou de ter contribuído, seja na clandestinidade, seja no exílio, para o fim daquele regime odioso."

Foi Franklin Martins que redigiu a carta pedindo a libertação dos 15 estudantes em troca de Elbrick.

Manoel Cyrillo Netto --outro a invadir o carro do embaixador-- não fala em arrependimento. "Aquele foi um dos episódios mais importantes dos povos de todo o mundo", diz. "É algo com o nível de importância de uma guerra do Vietnã porque foi uma das mais grandiosas ações contra o império americano."

Netto diz que a ação não pode ser considerada um seqüestro. "O que fizemos foi capturar um embaixador de um país inimigo e trocá-lo por aliados nossos."


Enfim, mas não vou entrar na discussão Dilma x Serra (x Marina). Só quero pontuar que é preciso um argumento melhor para abalar a minha confiança na Dilma.

4 comentários:

Anônimo disse...

O caso é que Dilma não participou desse sequestro; Gabeira sim.

Saudações,

kurtz19 disse...

Só mesmo um babaca como você para apoiar esse regime facinora que é o comunismo e essa mulher Dilma Roussef,que não tem nada a acrescentar ao nosso país,lutou para derrubar uma ditadura e colocar outra pior nu lugar,me desculpe mas quem defende o comunismo não tem propriedade para criticat governos autoritarios,principalmente essa senhora Dilma.

Treze disse...

A Dilma esteve recentemente, MAIS UMA VEZ em Nova York, vcs não vêem TV não?

E mais. MESMO SE FOSSE VERDADE (e eu até gostaria que fosse), como PRESIDENTE, ELA TEM IMUNIDADE DIPLOMÁTICA.

Mané!

sem futuro disse...

a Venezuela não é ali.....é logo aqui.....votem na Dilma terás em muito breve uma Venezuela de Huguito Chaves....ou quem sabe uma Cuba!!!!! o brasileiro é muito burro!!!!!